Há exatos 21 anos, em 26 de dezembro de 2004, o mundo assistia, atônito, a uma das maiores catástrofes naturais da história recente.
Um terremoto submarino de magnitude 9.1, com epicentro na costa de Sumatra, na Indonésia, desencadeou uma série de tsunamis devastadores que varreram as costas de diversos países do Oceano Índico. Vinte um anos se passaram, e a memória da tragédia permanece viva, não apenas pelos números assustadores, mas pela impressionante capacidade de superação das comunidades atingidas.
Os números da tragédia do Tsunami de 2004 são difíceis de digerir. Estima-se que mais de 230 mil pessoas morreram ou desapareceram, transformando famílias, comunidades e até mesmo a geografia de muitas regiões. A Indonésia foi o país mais afetado, com cerca de 167 mil mortes, seguida por Sri Lanka, Índia e Tailândia, que também sofreram perdas incalculáveis. A força das ondas, que em alguns pontos atingiram alturas de até 30 metros, não apenas ceifou vidas, mas também destruiu completamente infraestruturas, moradias, meios de subsistência e ecossistemas costeiros. A perda material foi imensa, com bilhões de dólares em prejuízos, impactando profundamente as economias locais e globais.
No entanto, o que se seguiu à catástrofe foi uma demonstração global de solidariedade e resiliência. A ajuda internacional e as doações fluíram de todas as partes do mundo, com governos, ONGs e cidadãos comuns mobilizando-se para apoiar os esforços de resgate e reconstrução. A história dos sobreviventes e das comunidades que se reergueram é um testamento da força do espírito humano. Vilarejos inteiros foram reconstruídos, novas casas foram erguidas, e a vida, lentamente, voltou a florescer nas áreas devastadas.
Professor titular do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rualdo Menegat explica que a região da Indonésia — onde 160 mil pessoas morreram na época — está localizada perto do chamado Círculo de Fogo, área com intensa atividade de choque entre as placas. Ele acrescenta que o terremoto gera um tsunami quando seu epicentro ocorre no assoalho oceânico.
— E, para acumular essa grande quantidade de energia, leva mais tempo. Por isso que as periodicidades desses grandes terremotos acabam sendo menores. Mas há vários pontos no planeta Terra onde isso pode acontecer, especialmente no Círculo de Fogo. Então, eu diria que a probabilidade de ocorrer novamente é de 100%. É inevitável que volte a ocorrer, mas talvez o próximo desse tipo nem seja lá — ressalta Nobre.
No entanto, os especialistas destacam que não existe uma tecnologia que permita prever quando esses eventos vão ocorrer. Em função disso, locais que têm grande propensão a esse tipo de terremoto são preparados com construções civis, barragens e diques de proteção.
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